Shows internacionais 02

Franz Ferdinand é esperado no Rio e em SP em 2010
O produtor do Circo Voador, Alexandre Teixeira Rossi, confirma o clima de apreensão:
- Se um show atrai seis mil pessoas em São Paulo, no Rio, serão duas mil. Muitos produtores não se interessam em trazer shows ao Rio porque perdem dinheiro aqui. Só quando a banda insiste em tocar na cidade é que a coisa anda. O Circo não convida bandas de fora. Os produtores que as trazem é que nos oferecem os shows.
" Muitos produtores não se interessam em trazer shows ao Rio porque perdem dinheiro aqui "
Foi naquela tenda que o Franz Ferdinand fez um show histórico em 2006. A banda voltará ao Brasil no fim deste mês, mas para só uma apresentação, em São Paulo, dia 30. O produtor responsável, Renato Byington, da Day1 Entertainment, explica:
- A banda vem ao Brasil num pé e volta em outro. Vem só para uma coletiva de imprensa e para participar do Video Music Brasil. É uma viagem promocional, subsidiada pela Sony, não é para ganhar dinheiro. Mesmo assim, conseguimos encaixar um showzinho, para 1,4 mil pessoas em São Paulo. No próximo ano, o Franz Ferdinand volta ao Brasil no primeiro semestre para quatro shows. Rio e São Paulo estarão no roteiro.
Byington diz que foi sua a iniciativa de levar a banda ao Circo Voador em 2006. Nascido em São Paulo e criado no Rio, ele compara as duas cidades:
- Qualquer produto tem mais consumidores em São Paulo, seja sabonete ou show de música. O perfil do público em São Paulo também é diferente, com mais concentração em nichos. O do Rio é mainstream. Em São Paulo, o pessoal se mata para ver um show do Nine Inch Nails. No Rio, ninguém sabe o que é. Há outros fatores: os ingressos custam mais em São Paulo, porque as pessoas têm mais dinheiro. No Rio, custam menos e ainda há o problema da meia-entrada e o da falsificação de carteiras. Em São Paulo, é mais fácil conseguir patrocínios, porque as empresas acham que atingem um público maior. A grande vantagem do Rio é que toda banda quer tocar aí.

Os cariocas torcem para ser esse o caso do Metallica, que deve atravessar a linha do Equador em janeiro de 2010.