17 de ago. de 2009

Marcio Meirelles e A Secult


A revista CartaCapital (21 de janeiro) sintetiza muito bem. Quando os moradores pobres da comunidade do Unhão começaram a circular livremente pelo Museu de Arte Moderna (MAM), instalado no Solar do Unhão, as coisas começaram a mudar na Bahia. O MAM sempre foi das elites baianas. A começar do restaurante turístico que durante décadas amesquinhou o belo casarão. A mudança deve-se ao secretário de Cultura do governo Wagner, Márcio Meirelles, duramente atacado pelos antigos privilegiados com total espaço na mídia.A panelinha foi substituída por uma política cultural voltada para o povo. Dois exemplos. Solange Farkas, nomeada diretora do MAM, expulsou o restaurante que enchia de gordura o acervo do museu. O MAM renasceu e se firmou como centro multicultural. O Salão da Bahia virou vitrine da arte visual. Os salões regionais ampliaram os espaços. E o pianista Ricardo Castro, à frente da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) construiu o projeto Neojibá, de integração social através da música, ensinando a arte da orquestra para crianças e jovens da periferia. O Fundo de Cultura, que beneficiava 40 projetos por ano contempla hoje 200 projetos. A farsa do “sorria você chegou à Bahia” acabou. Panelas, guetos, indicações, nepotismo, tudo isso já era. A mídia foi baixando a bola. Márcio Meirelles calou a turma do “meu pirão primeiro”. A música e a produção independentes se fortaleceram.E como fez isso? Descentralizando ações e programas para todo o interior, não somente para a capital, fomentando a economia da cultura. Está em construção um Sistema Estadual de Cultura com papel definido para os municípios. A cultura da Bahia não pode ser apenas Jorge Amado, Pierre Verger e Carybé. É mais que isso “meu rei”. A 2ª Conferência de Cultura, por exemplo, envolveu 392 municípios e 40 mil pessoas no processo de realização. Foram 2.500 participantes

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